sexta-feira, 7 de junho de 2013

Please


So please, please, please, help me
Give me some kind of sign
Please, please, please, please, please
I want to be somebody, somebody, I want someone to be mine

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Calma! Calma! Calma!

Manter a calma e manter a elegância nunca foi tão difícil, neste momento.

Perder a inspiração, os amigos, os grandes amigos e a graça das coisas também, complicado.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Decifra-me.

Decifra-me.
Desvenda-me.
Penetra no âmago de minha alma nua
E desenrola rolos e pergaminhos antigos
De muitas e muitas luas:
Guardam meus segredos...

Ostentam um nome gravado
Em letras de ouro e diamantes,
Metal sagrado e gema mais dura.

Observa.
Lê.
Sente.
Recolhe beijos que foram enviados nas noites escuras
E nas manhãs orvalhadas.

Sou a música que a alguém encanta
E em cores de Acalanto
Faz adormecer
A criança eterna
Que vive em nós.

Minha voz, empurrada pelo vento,
Sussurra calma
Palavras de amor.

Desvenda-me.
Descobre-me.
Abandona o medo e tua preguiça:
Nunca mais verás amor tão grande assim!

Mas um amor tão grande
é para quem merece
lutar por mim...

terça-feira, 28 de maio de 2013

Ride - Lana Del Rey


I hear the birds on the summer breeze, I drive fast
I am alone at midnight
Been trying hard not to get into trouble, but I
I’ve got a war in my mind
So, I just ride

Changes

We gotta make a change...
It's time for us as a people to start makin' some
changes.
Let's change the way we eat, let's change the way we
live
and let's change the way we treat each other.
You see the old way wasn't working so it's on us to do
what we gotta do, to survive. (2pac)
A consciência da vida e seu movimento.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

2013!

Alô alô, vocês sabem quem sou eu? Alô alô graças a Deus!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Fim de semana

Eu quero que um dia ela acorde e perceba que o mundo vai além do seu umbigo. Que pra nossos planos darem certo, ela vai ter que trocar do vocabulário a palavra "EU" por "NÓS".

Porque vamos ser honestos né... se o que dói nela dói em mim, e o que faz ela feliz me faz feliz, é tudo uma questão de terceira pessoa do plural. Um conjunto. Um par. Um casal.

Igualmente felizes, igualmente infelizes.

Espelhos.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Analfabetos do amor - Nelson Rodrigues

1. Amigos, temos uma vastíssima experiência amorosa. A história do coração humano começou, precisamente, em Adão e Eva. Era o primeiro casal de terra e com uma vantagem considerável: - Não tinha parentes, não tinha vizinhos, não tinha fornecedores. Alguém poderia objetar (talvez com razão) que a serpente fazia as vezes de sogra, de cunhada, de amiga etc.

2. Mas o que eu queria dizer é o óbvio ululante, ou seja: - Com Adão e Eva houve o primeiro flerte, o primeiro namoro, o primeiro casamento. Eu ia acrescentar - e a primeira infidelidade. Mas trair com quem? Quero crer que Eva foi, talvez contrafeita, uma mulher rigorosamente fiel. Eu imagino o que teria sido, num confortável paraíso, a noite de núpcias do primeiro casal.

3. Pois bem. Isso ocorreu há muito tempo. Eu vos digo: essa experiência amorosa, que vem através dos milênios, não nos adianta de nada, nem nos abriu os olhos. O homem, que sabe de tudo, nada sabe de amor. Eu diria, se me permitem, que em amor o homem é tão analfabeto como um pássaro. Ou melhor: o pássaro tem, a seu favor, a vantagem do instinto puro, livre e clarividente. Ao passo que cada um de nós carrega, nas costas, não sei quantos preconceitos, não sei quantos equívocos. Eis a verdade: Falta-nos a espontaneidade de uma cambaxirra. E vou mais longe - o nosso amor é triste.

4. Olhem em torno. Vejam os namorados que conhecemos. Eles amam sem alegria, sim, todo o mundo ama sem alegria. Essa tristeza, inerente ao sentimento amoroso, decorre de que não sabemos amar. O homem mais sensível e lúcido é, diante do ser amado, um incerto ou, pior do que isso, um inepto. Ele não sabe o que dizer, o que fazer, o que pensar. O que nós chamamos "romance" é a soma de erros, de equívocos engraçadíssimos. Vejam: - não encontramos palavra justa, exata, perfeita; não nos ocorre o galanteio que o ser amado desejaria escutar.

5. E, no entanto, a partir de Adão e Eva, o homem já teve bastante tempo para aprender como gostar, como amar. O amor exige, entre dois seres, uma linguagem própria, um idioma específico. Mas não usamos essa linguagem ou parecemos não entender esse idioma. As pessoas que menos entendem - como se falassem línguas diferentes - são as que se amam. Dir-se-ia que o amor, em vez de unir, separa. Cabe então a pergunta - por quê? É simples. Porque amamos errado, porque não sabemos amar.

6. A rigor, o momento mais doce do amor é o flerte. O flerte não dilacera, não envenena. Um simples olhar, de uma luz mais viva; um sorriso leve é quanto basta para que dois seres experimentem a esperança de uma comunhão docemente infinita. Mas o flerte - eu prefiro o flerte à paquera - o flerte é, normalmente, uma promessa que não se cumpre. Pois, em seguida, o namoro abre uma fase de perspectivas inquietantes. Fala-se em 'briga de namorados', tão comum e, eu diria mesmo, obrigatória. Mas não são os pequeninos atritos que marcam e vão, pouco a pouco, ferindo e destruindo o sentimento amoroso.

7. Se o homem soubesse amar não elevaria a voz nunca, jamais discutiria, jamais faria sofrer. Mas ele ainda não aprendeu nada. Dir-se-ia que cada amor é o primeiro e que os amorosos dos nossos dias são tão ingênuos, inexperientes, ineptos, como Adão e Eva. Ninguém, absolutamente, sabe amar. D. Juan havia de ser tão cândido como um namoradinho de subúrbio. Amigos, o amor é um eterno recomeçar. Cada novo amor é como se fosse o primeiro e o último. E é por isso que o homem há de sofrer sempre até o fim do mundo - porque sempre há de amar errado.